quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Crescimento e Distribuição - D. Foley, T. Michl e D. Tavani

FOLEY, Duncan K.; MICHL, Thomas R.; TAVANI, Daniele. Growth and distribution. Harvard University Press, 2019.

Sumário

1 Introdução 1

    1.1 Crescimento Econômico em Perspectiva Histórica 1

    1.2 Qualidade e Quantidade 3

    1.3 Relações Humanas 4

    1.4 Teorias Econômicas de Crescimento 5

    1.5 Utilização Deste Livro 9

    1.6 Leituras Sugeridas 10

2 Medindo o Crescimento e a Distribuição 13

    2.1 Medindo a Produção e os Insumos 13

    2.2 Tempo e Produção 17

    2.3 Observações Sobre Unidades 18

    2.4 Tecnologia no Mundo Real 19

    2.5 Os Usos da Produção: Investimento e Consumo 21

    2.6 A Programação da Taxa de Crescimento do Consumo Social 23

    2.7 A Distribuição de Renda: Salários e Lucros 25

    2.8 A Programação da Taxa de Salário Real e Taxa de Lucro 26

    2.9 Participações de Renda 28

    2.10 A Programação de Crescimento-Distribuição 31

    2.11 Mudanças na Produtividade do Trabalho e do Capital 33

    2.12 Comparando Economias 36

    2.13 Liderança Econômica Global 37

    2.14 Crescimento da Produtividade do Trabalho em Economias Reais 39

    2.15 Fatos Estilizados 42

    2.16 Leituras Sugeridas 43

3 Modelos de Produção 45

    3.1 Estruturas Contábeis e Modelos Explicativos 45

    3.2 Um Modelo de Produção 46

    3.3 Agentes e Distribuição 48

    3.4 Matriz de Contabilidade Social 49

    3.5 Escolha de Técnica e Funções de Produção 52

    3.6 Funções de Produção Específicas 57

    3.7 Classificação da Mudança Técnica 64

    3.8 Programações de Crescimento-Distribuição de Dois Setores 67

    3.9 Modelos de Produção e Modelos de Crescimento 72

    3.10 Leituras Sugeridas 72

4 O Mercado de Trabalho 75

    4.1 Modelos de Crescimento Econômico 75

    4.2 Demanda por Trabalho 77

    4.3 O Modelo Clássico Convencional de Salário 78

    4.4 O Modelo Neoclássico de Pleno Emprego 82

    4.5 Rumo a um Modelo de Crescimento Econômico 86

    4.6 Crescimento em Economias Reais 86

    4.7 Leituras Sugeridas 88

5 Modelos de Consumo e Poupança 89

    5.1 Um Modelo de Consumo-Poupança de Dois Períodos 91

    5.2 Um Modelo de Horizonte Infinito 95

    5.3 O Modelo de Taxa de Poupança Constante 99

    5.4 Taxas de Poupança e Taxas de Crescimento 100

    5.5 Leituras Sugeridas 102

6 Modelos Clássicos de Crescimento Econômico 103

    6.1 O Modelo Clássico Convencional de Salário 103

    6.2 Dinâmica Comparativa no Modelo Convencional de Salário 106

    6.3 Mudança Técnica Economizadora de Trabalho no Modelo Clássico 108

    6.4 Escolha de Técnica no Modelo Clássico 113

    6.5 Um Modelo Clássico de Crescimento com Pleno Emprego 115

    6.6 Escolha de Técnica no Modelo Clássico de Pleno Emprego 118

    6.7 Crescimento e Ciclos 120

    6.8 A Abordagem Clássica ao Crescimento 125

    6.9 Leituras Sugeridas 126

7 Mudança Técnica Induzida, Crescimento e Ciclos 127

    7.1 A Hipótese de Invenção Induzida 127

    7.2 Mudança Técnica Induzida no Modelo Clássico de Pleno Emprego 131

    7.3 Ciclos de Crescimento com Mudança Técnica Induzida 132

    7.4 Dinâmica Comparativa 135

    7.5 Conclusões 136

    7.6 Leituras Sugeridas 137

8 Mudança Técnica Viés no Modelo Clássico 139

    8.1 O Modelo Clássico de Salário Convencional com Mudança Técnica Viés140

    8.2 Viabilidade da Mudança Técnica 143

    8.3 Mudança Técnica Viés e a Função de Produção Fóssil 145

    8.4 O Modelo Clássico de Pleno Emprego com Mudança Técnica Viés de Marx 149

    8.5 Mudança Técnica Viés de Marx Reversa 152

    8.6 Uma Visão do Crescimento Econômico 157

    8.7 Leituras Sugeridas 158

9 Mudança Técnica Endógena 159

    9.1 Mudança Técnica em uma Economia Capitalista 159

    9.2 Aprendizado por Fazer 159

    9.3 Investimento em P&D na Mudança Técnica 162

    9.4 Quanto P&D? 165

    9.5 Crescimento de Estado Estável Sem Efeitos Persistentes do P&D 167

    9.6 Crescimento de Estado Estável com Efeitos Persistentes do P&D 168

    9.7 Efeitos Persistentes do P&D com uma Taxa de Salário Convencional 170

    9.8 Leituras Sugeridas 172

10 O Modelo de Crescimento Neoclássico 175

    10.1 O Modelo Solow-Swan 175

    10.2 A Função de Produção Intensiva 176

    10.3 Poupança, População e Crescimento de Estado Estável 177

    10.4 O Modelo Solow-Swan e a Programação de Crescimento-Distribuição 182

    10.5 O Modelo Completo 184

    10.6 Substituição e Distribuição 186

    10.7 Dinâmica Comparativa 188

    10.8 Dinâmica de Transição 190

    10.9 Limitações do Modelo Solow-Swan 192

    10.10 Leituras Sugeridas 193

11 Mudança Técnica no Modelo Neoclássico 195

    11.1 Mudança Técnica e a Função de Produção 195

    11.2 O Modelo Solow-Swan com Mudança Técnica Neutra de Harrod 197

    11.3 Contabilidade do Crescimento 199

    11.4 Interpretações Clássicas e Neoclássicas do Residual 204

    11.5 Dinâmica Comparativa no Modelo Solow-Swan 205

    11.6 Dinâmica de Transição no Modelo Solow-Swan 209

    11.7 Leituras Sugeridas 213

Apêndice: Derivação da Equação de Convergência 213

12 Crescimento Econômico Limitado pela Demanda 215

    12.1 A Crise Global 215

    12.2 Medindo Choques de Demanda 216

    12.3 Poupança, Investimento e Produção 218

    12.4 Um Modelo de Crescimento Limitado pela Demanda 220

    12.5 Equilíbrio no Modelo Limitado pela Demanda 224

    12.6 Dinâmica Comparativa no Modelo Limitado pela Demanda 227

    12.7 Crescimento Liderado por Lucros ou por Salários? 230

    12.8 Longo Prazo ou Curto Prazo? 233

    12.9 A Curva Distributiva 237

    12.10 A Contribuição Keynesiana para a Teoria do Crescimento 239

    12.11 Leituras Sugeridas 240

Apêndice: O Modelo Marglin-Bhaduri 241

13 Crescimento Limitado por Terra 243

    13.1 Recursos Não-Reproduzíveis 243

    13.2 Estado Estacionário de Ricardo 244

    13.3 Produção com Terra 246

    13.4 O Problema de Decisão do Capitalista com Terra 248

    13.5 O Princípio da Arbitragem 250

    13.6 Condições de Equilíbrio 251

    13.7 O Regime de Terra Abundante 253

    13.8 O Regime de Terra Escassa 254

    13.9 Da Abundância à Escassez de Terra 255

    13.10 Lições do Modelo Limitado por Terra 258

    13.11 Leituras Sugeridas 260

14 Recursos Esgotáveis 261

    14.1 Crescimento com um Recurso Esgotável 261

    14.2 Produção com um Recurso Esgotável 262

    14.3 Poupança e Escolha de Portfólio 265

    14.4 O Caminho de Crescimento 266

    14.5 Recursos Esgotáveis no Mundo Real 269

    14.6 Leituras Sugeridas 270

15 Capitalismo Corporativo 271

    15.1 Contabilidade na Economia Capitalista Corporativa 272

    15.2 Ações e o Problema de Decisão do Capitalista 276

    15.3 Equilíbrio entre Investimento e Poupança 279

    15.4 O Modelo Capitalista Corporativo 281

    15.5 Preços das Ações e o Mercado de Ativos 283

    15.6 Regime Capitalista Rentista 284

    15.7 Regime Capitalista Gerencial 286

    15.8 Regime Capitalista Híbrido 288

    15.9 Poupança Corporativa e o Rendimento do Patrimônio 291

    15.10 Propriedade e Controle 293

    15.11 Uma Aplicação 294

    15.12 Leituras Sugeridas 296

16 Dívida do Governo e Previdência Social: O Modelo de Gerações Sobrepostas 297

    16.1 Finanças do Governo e Acumulação 297

    16.2 Restrições Orçamentárias do Governo e Privadas 298

    16.3 Poupança e Consumo com Famílias Egoístas 301

    16.4 Contabilidade no Modelo de Gerações Sobrepostas 304

    16.5 Um Modelo de Crescimento de Gerações Sobrepostas Clássicas 305

    16.6 Um Modelo de Crescimento de Gerações Sobrepostas Neoclássicas 309

    16.7 Eficiência de Pareto no Modelo de Gerações Sobrepostas 311

    16.8 Análise da Previdência Social e dos Déficits Orçamentários 316

    16.9 Previdência Social no Modelo de Gerações Sobrepostas 318

    16.10 Dívida do Governo no Modelo de Gerações Sobrepostas 325

    16.11 Lições do Modelo de Gerações Sobrepostas 327

    16.12 Leituras Sugeridas 327

17 Modelos de Acumulação de Riqueza de Duas Classes 329

    17.1 Poupança de Trabalhadores e Capitalistas 330

    17.2 Contabilidade nos Modelos de Duas Classes 331

    17.3 Acumulação com Salário Convencional 333

    17.4 Acumulação no Modelo de Pleno Emprego 339

    17.5 Distribuição de Riqueza nos EUA 346

    17.6 Conclusões 348

    17.7 Leituras Sugeridas 349

Apêndice: Estabilidade no Modelo de Pleno Emprego 349

18 Aquecimento Global 351

    18.1 Aquecimento Global e Crescimento Econômico 351

    18.2 Produção com Emissões de Gases de Efeito Estufa 354

    18.3 Poupança e Escolha de Portfólio 357

    18.4 O Caminho de Crescimento com Tecnologia de Combustíveis Fósseis 359

    18.5 O Caminho de Crescimento com Tecnologia Solar 363

    18.6 Crescimento Coordenado com Aquecimento Global 364

    18.7 Caminhos de Crescimento Ótimos e de "Business as Usual" 369

    18.8 Controle Econômico Centralizado e Descentralizado 372

    18.9 Leituras Sugeridas 373

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Introdução

O crescimento econômico é a marca registrada de nossa época histórica. Ele financia e direciona a contínua revolução na tecnologia que constantemente transforma nossas vidas sociais e pessoais. A preeminência política dos Estados-nação e o surgimento de instituições supranacionais têm suas raízes no processo de crescimento econômico. O crescimento sem precedentes e o envelhecimento da população mundial são, em grande parte, resultado do crescimento econômico, assim como o declínio relativo da agricultura e a predominância da produção industrial e pós-industrial centrada nas cidades. O poder político e militar nacional e a influência refletem cada vez mais o desempenho econômico relativo. As práticas econômicas transformaram as relações sociais e as crenças ideológicas. Os grandes desafios que percebemos para o futuro, incluindo a proteção de nosso patrimônio ambiental e a preservação da justiça social em um mundo polarizado entre riqueza e pobreza, surgem dos efeitos do crescimento econômico.

Neste livro, apresentamos teorias que os economistas desenvolveram nos últimos 200 anos para analisar e explicar vários aspectos do crescimento econômico e o movimento das economias ao longo do tempo de forma mais geral. Como pano de fundo para essas teorias, revisamos neste capítulo introdutório parte da história social do crescimento econômico.

1.1 Crescimento Econômico em Perspectiva Histórica

A história humana mostra uma lenta melhoria na tecnologia e produtividade desde os períodos mais antigos dos quais sabemos algo. Essa melhoria parece ter ocorrido em ondas distintas, pontuadas por saltos rápidos, como a adoção da agricultura sedentária, o surgimento de cidades, o estabelecimento do comércio marítimo de longa distância, e assim por diante. A população humana na Terra cresceu muito lentamente, se é que cresceu, nos mil anos antes de 1500 d.C. Por volta do século XV na Europa, vemos uma aceleração notável no ritmo de mudança social e tecnológica, assim como na taxa de crescimento da população. Essa aceleração foi marcada pelo crescimento das vilas e cidades, a disseminação do comércio de bens e dinheiro, a crescente importância da riqueza investida no comércio capitalista e na produção nas cidades em relação à riqueza tradicional da terra, e um foco sistemático na melhoria das tecnologias de produção e transporte. No século XVI, as sociedades europeias mais avançadas se tornaram precursores reconhecíveis dos Estados-nação capitalistas. Durante esse período, as pessoas começaram a ver o comércio e a produção como fontes centrais de influência e poder nacional. O fenômeno do crescimento econômico, com seus problemas e promessas, havia chegado.

No final do século XVIII, esses desenvolvimentos passaram por outra aceleração acentuada com o surgimento, especialmente na Grã-Bretanha, da industrialização. A escala da produção aumentou dramaticamente e se concentrou em grandes cidades. Surgiu um padrão no qual a agricultura tradicional, ainda fortemente baseada nas necessidades de subsistência locais, deu lugar à agricultura voltada para o mercado, deslocando grandes números de pobres rurais, à medida que terras comuns e florestas eram apropriadas por grandes proprietários de terras e convertidas na produção de mercadorias comercializáveis. Os pobres rurais deslocados se mudaram para vilas e cidades, tornando-se tanto a força de trabalho assalariada necessária para operar indústrias em rápido crescimento, quanto a massa dos pobres urbanos. Esses desenvolvimentos econômicos precipitaram grandes migrações de pessoas, não apenas do campo para as cidades, mas de continente para continente. O crescente poder econômico e militar das nações europeias avançadas do século XIX levou à corrida para criar colônias, impérios e esferas de influência em todo o mundo. Dessa forma, o fenômeno do crescimento econômico mais cedo ou mais tarde invadiu todos os cantos da Terra.

Desde suas fases iniciais, o fomento, a moldagem e a tributação do crescimento econômico foram preocupações dos politicamente poderosos. O crescimento econômico confere imensas vantagens políticas e militares às nações. A economia política surgiu como uma discussão sobre o impacto das políticas nacionais em relação ao comércio, mercados de trabalho e tributação no crescimento econômico.

Apesar do fato evidente de que o crescimento econômico mundial é um fenômeno unificado, articulado e auto-reforçador, a economia política enfatiza as diferenças nacionais na política e seu impacto nas economias nacionais. Assim, as teorias que examinaremos a seguir partem da economia nacional como ponto de partida e tratam o crescimento econômico de cada nação como uma observação experimental separada.

1.2 Qualidade e Quantidade

Nós experimentamos o crescimento econômico predominantemente como uma mudança qualitativa. O crescimento econômico nos moveu da maioria de nós vivendo em pequenas comunidades rurais onde as pessoas tinham relacionamentos pessoais ao longo da vida e empregavam técnicas simples e indiferenciadas de produção, para grandes aglomerações urbanas onde a maioria das interações é mediada pelo anonimato do mercado e nos especializamos em aspectos minúsculos de uma tecnologia incrivelmente complexa para produzir. O crescimento econômico significa produtos e serviços qualitativamente novos: ferrovias, aviões e automóveis; aparelhos elétricos e eletrônicos; rádio, televisão, telefones e computadores; anestesia, raios-X e ressonâncias magnéticas.

Mas apesar da constante mudança nas mercadorias efetivamente produzidas e nas técnicas através das quais as pessoas as produzem, o crescimento econômico reproduz as mesmas relações sociais básicas em uma escala quantitativa cada vez maior. O crescimento econômico capitalista surge da organização da produção em empresas ou empreendimentos específicos, que reúnem trabalhadores humanos e os meios de produção de que precisam para transformar insumos disponíveis no mercado em produtos comercializáveis. A produção capitalista se baseia no aumento quantitativo do valor monetário do produto por meio do processo de produção, na medida em que o produto comercializado vale mais do que os insumos que foram consumidos para produzi-lo. Esse valor agregado aparece como salários dos trabalhadores que efetivamente transformam os insumos em produtos e os lucros, juros e aluguéis que constituem a renda dos proprietários capitalistas de fábricas e máquinas, dinheiro e recursos naturais, incluindo a terra. O crescimento econômico é financiado pelas decisões dos capitalistas de reinvestir parte de suas rendas para permitir que a produção ocorra em uma escala maior.

No entanto, o reinvestimento dos lucros na expansão da produção capitalista sempre envolve uma mudança qualitativa na técnica de produção e nas mercadorias efetivamente produzidas. A maior escala de produção é realizada com máquinas um tanto diferentes, em locais diferentes, com trabalhadores treinados e organizados de maneira diferente. Em uma escala maior, são possíveis melhorias e adaptações da produção. No processo de crescimento econômico, o aspecto quantitativo da simples expansão da produção através do reinvestimento das receitas de lucro e o aspecto qualitativo da mudança nos produtos e nas vidas dos produtores do produto estão inextricavelmente entrelaçados.

Embora as teorias baseadas em matemática da economia política enfatizem os aspectos quantitativos do crescimento econômico, é importante não perder de vista as profundas mudanças qualitativas que se seguem.

1.3 Relações Humanas

O ciclo auto-reforçador do crescimento econômico capitalista não pode se estabelecer sem mudanças profundas nas maneiras como as pessoas se relacionam umas com as outras. A constante expansão e a mudança ininterrupta da produção capitalista exigem uma força de trabalho flexível que pode ser rapidamente realocada, expandida e reduzida. Antes do surgimento do capitalismo, essas mudanças simplesmente não poderiam ocorrer: os trabalhadores estavam ligados aos seus empregadores como escravos ou à terra que trabalhavam como servos. O crescimento econômico capitalista repousa sobre o trabalhador livre, que pode aceitar ou recusar empregos, mudar de cidade para cidade e de país para país em resposta aos incentivos das diferenças salariais e que assume a responsabilidade final por sua própria sobrevivência e reprodução. A preocupação do trabalhador livre é controlar a imensa insegurança que o trabalho assalariado traz consigo. Assim, na economia mundial capitalista, a grande maioria da população se torna mão de obra livre que trabalha por salário. Como os trabalhadores são livres, e seus salários são regulados apenas pelas oscilações da concorrência, alguns prosperam e outros se encontram à margem da existência. Por outro lado, a organização do trabalho em escala nacional e mundial exige o emprego separadamente flexível de fábricas, máquinas e instalações de transporte. Este é o domínio do capital, enormes concentrações de dinheiro disponíveis para financiar a produção.

Os proprietários e gerentes de capital têm interesses muito diferentes dos trabalhadores. Salários e rendimentos de lucro dividem o valor agregado da produção, de modo que capital e trabalho muitas vezes se encontram em lados opostos de questões de política social que afetam o nível de salários. O capital busca uma força de trabalho flexível e adaptável, um objetivo que vai contra o desejo dos trabalhadores por estabilidade e segurança em seu emprego e condições de vida.

A teoria econômica política que examinamos neste livro se concentra no impacto da distribuição de renda entre trabalhadores e capitalistas nos aspectos quantitativos do crescimento econômico e no impacto do crescimento na distribuição.

1.4 Teorias Econômicas do Crescimento

Adam Smith, cuja obra "Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações" (Smith 1937 [1776]) marca um ponto de virada crucial no desenvolvimento da economia política, estava principalmente preocupado com o crescimento econômico. Na visão de Smith, os aspectos centrais do crescimento econômico eram a divisão do trabalho, a separação dos processos de produção em tarefas menores que podem ser atribuídas a especialistas, e a extensão do mercado, o crescimento da população, renda e das facilidades de transporte e comunicação que permitem que mais produtos sejam vendidos. A divisão do trabalho aumenta a produtividade do trabalho à medida que o trabalho se torna mais especializado em tarefas específicas, e à medida que máquinas podem ser desenvolvidas para assumir os aspectos rotineiros da produção. Smith vê o progresso tecnológico como um aspecto da divisão do trabalho cada vez maior. A crescente divisão do trabalho e a ampliação do mercado são tendências mutuamente reforçadoras na visão de Smith, uma vez que um mercado mais amplo possibilita uma divisão do trabalho mais detalhada, e um maior grau de divisão do trabalho aumenta a produtividade e rendas, incentiva investimentos em transporte e o crescimento populacional, e assim amplia o mercado. Os dois fenômenos estão ligados através de um conjunto de feedbacks positivos em um ciclo instável de desenvolvimento em espiral ascendente. Smith pensava que os governos deveriam tentar fomentar esse processo garantindo a propriedade, fornecendo serviços jurídicos baratos e segurança nacional, e de outra forma se mantendo fora das decisões privadas sobre investimento (a política agora conhecida como laissez-faire). Ele argumenta que o ciclo de crescimento é virtuoso, pois beneficia tanto os trabalhadores quanto os capitalistas (uma versão da economia de gotejamento): os capitalistas estarão livres para buscar a máxima rentabilidade de seus investimentos, mas o crescimento do capital criará uma demanda por mão de obra e tende a elevar os salários dos trabalhadores também. Embora a população cresça junto com o capital no processo de crescimento, Smith pensava que ela atrasaria o suficiente para garantir um longo período de salários mais altos. Na versão de Smith, o crescimento econômico é espontâneo ou endógeno: ele tende a se espalhar como um incêndio a menos que políticas governamentais restritivas o reprimam. Estudaremos uma versão simplificada do modelo de Smith no Capítulo 6.

Thomas Malthus, cujo "Ensaio sobre o Princípio da População" apareceu pela primeira vez em 1798 (Malthus 1986), tinha uma visão consideravelmente mais sombria que a de Smith. Malthus podia ver que a acumulação de capital é um sistema de feedback auto-reforçador, mas duvidava que isso pudesse fazer algo a longo prazo pelo bem-estar dos trabalhadores. Malthus raciocinou que um aumento no salário real elevaria o padrão de vida dos trabalhadores, incentivando-os a casar mais cedo e a reduzir a mortalidade infantil entre seus descendentes, produzindo assim um aumento na população. A crescente população, por sua vez, superlotaria o mercado de trabalho, fazendo com que os salários reais voltassem a cair ao ponto em que a mortalidade infantil e casamentos mais tardios estabilizassem o crescimento populacional. O salário real neste equilíbrio demográfico constituiria um nível de salário natural em torno do qual os salários reais só poderiam flutuar temporariamente.

David Ricardo, em seus "Princípios de Economia Política e Tributação", publicado em 1817 (Ricardo 1951), retomou as ideias de Malthus sobre população e salário real e as combinou com sua própria teoria de que o aluguel surge da oferta limitada de terra fértil. Na visão de Ricardo, o ciclo virtuoso de Smith estava condenado à extinção, pois a acumulação de capital e o crescimento populacional eventualmente utilizariam toda a terra fértil, os preços dos alimentos subiriam e as taxas de lucro cairiam a zero no que ele chamou de estado estacionário. Os métodos de análise de Ricardo tiveram uma imensa influência no pensamento posterior sobre economia política. Em particular, Ricardo enfatizou as divisões de classe da sociedade capitalista industrial primitiva. Os trabalhadores, com salários deprimidos ao mínimo compatível com a reprodução pelas forças malthusianas, não tinham excedente disponível para poupar. Os proprietários de terras, remanescentes da aristocracia feudal, dissipavam suas rendas no apoio a dependentes e clientes para vantagem política e status social. Os capitalistas, por outro lado, forçados pela concorrência entre si a acumular tanto de suas rendas quanto possível, eram o motor da acumulação de capital e crescimento. No entanto, à medida que as taxas de lucro caíam como resultado do aumento dos aluguéis e salários com o crescimento populacional, Ricardo argumentava que o motor capitalista de crescimento seria sufocado por uma queda na taxa de lucro. Trabalhamos o raciocínio de Ricardo em termos modernos no Capítulo 13.

Karl Marx publicou o primeiro volume de sua obra "O Capital" (Marx 1977) em 1867, após passar sua juventude no desenvolvimento de uma filosofia revolucionária do materialismo histórico. Marx, juntamente com seu parceiro próximo Friedrich Engels, via o segredo da história humana nas formas pelas quais classes específicas controlavam o produto excedente de suas sociedades. Em uma sociedade baseada na escravidão, por exemplo, os proprietários de escravos controlavam todo o produto dos produtores escravos e podiam usar o excedente sobre a manutenção necessária dos escravos para perpetuar o sistema. Senhores feudais obrigavam os servos a trabalhar uma certa proporção de cada semana em seus próprios campos, proporcionando assim um produto excedente (os servos providenciando para suas próprias necessidades cultivando suas próprias terras o resto da semana) que lhes permitia manter exércitos para combater uns aos outros e reprimir os servos. Cada forma de sociedade tem seu próprio nível de desenvolvimento e sua própria estrutura de classe característica, do ponto de vista do materialismo histórico de Marx, e um entendimento claro dessas relações humanas é a chave para entender a sociedade e sua história.

Marx viu na descrição de Ricardo sobre o capitalismo industrial um exemplo perfeito de uma sociedade de classes. Por possuírem os meios de produção (fábricas, terras e assim por diante), os proprietários de terras e os capitalistas estavam em posição de apropriar-se do tempo de trabalho excedente dos trabalhadores na forma de lucros monetários e aluguéis, o que Marx chamava de mais-valia. No entanto, Marx discordava da visão de Ricardo de que os retornos decrescentes ao capital e ao trabalho devido à terra limitada eventualmente levariam a acumulação de capital a uma parada através do aumento dos aluguéis e salários. Marx adotou uma visão mais smithiana, argumentando que o gênio histórico do capitalismo é sua progressividade tecnológica, reforçada pela pressão sobre cada capitalista para encontrar inovações técnicas de redução de custos para se manter à frente de seus concorrentes. Assim, Marx pensava que o capitalismo sempre poderia superar os retornos decrescentes aos recursos limitados de terra encontrando tecnologias mais baratas. O que levaria à queda na taxa de lucro, Marx argumentava, era que essas tecnologias mais baratas usariam cada vez mais capital por trabalhador, reduzindo assim a taxa de lucro. No final, segundo Marx e Engels, o próprio sucesso do capitalismo em aumentar a produtividade do trabalho levaria à sua substituição por uma organização socialista de produção sem classes, na qual a escassez teria sido eliminada. Alguns elementos da teoria de Marx sobre o progresso técnico subjazem à discussão sobre os padrões de crescimento econômico no Capítulo 8. A teoria de Marx sobre a mudança técnica induzida é a inspiração para os modelos do Capítulo 7.

Desviando-se das explosivas questões sociais e políticas que a teoria clássica do crescimento parecia conduzir, economistas marginalistas focaram sua atenção na eficiência estática da alocação econômica e na tendência dos mercados de igualar custos marginais e benefícios marginais através da sociedade. As crises do século XX das duas Guerras Mundiais e a Grande Depressão levantaram novamente as questões sobre a estabilidade e as tendências de longo prazo do crescimento econômico.

Roy Harrod (Harrod 1939) argumentou que o processo de crescimento econômico era inerentemente problemático por duas razões. Primeiro, a taxa de crescimento necessária para absorver a poupança da sociedade em projetos de investimento (que Harrod chamou de taxa de crescimento garantida) só por acaso igualaria a taxa subjacente de crescimento da população ajustada pela taxa de aumento da produtividade do trabalho (que Harrod chamou de taxa de crescimento natural). Este é o problema da existência de Harrod. Segundo, se a taxa de crescimento real excedesse a taxa garantida, a escassez crônica de mão de obra, aumentos salariais e inflação perturbariam o processo de crescimento, mas se a taxa de crescimento real fosse inferior à taxa garantida, a economia entraria em um ciclo de desemprego crescente, estagnação e deflação. Este é o problema da estabilidade de Harrod. Nós examinamos uma extensão modernizada do modelo de Harrod no Capítulo 12.

O problema da existência de Harrod foi abordado pelo modelo de crescimento neoclássico seminal de Robert Solow. Solow argumentou que a possibilidade de substituição de capital por trabalho ao longo da isoquanta de uma função de produção agregada poderia ajustar a taxa garantida para qualquer nível da taxa de crescimento natural. Nós detalhamos o modelo de Solow nos Capítulos 10 e 11.

Enquanto os economistas neoclássicos geralmente aceitavam os argumentos e métodos de Solow como resolvendo as questões básicas da análise do crescimento econômico, economistas trabalhando nas tradições Keynesiana, Marxista e Ricardiana, liderados por Joan Robinson, criticaram fortemente o modelo neoclássico. O ponto central da controvérsia era a suposição de Solow de que existia uma função de produção agregada bem-comportada que poderia resumir as possibilidades de substituição de capital por trabalho na economia como um todo. Os críticos argumentaram que o capital era apenas a avaliação de mercado de uma enorme gama de diferentes bens de capital: conforme a taxa de salários muda, os preços de todos esses bens podem sofrer qualquer padrão de mudança, dependendo da estrutura exata de seus custos de produção. No final, não há garantia, segundo os críticos, de que uma taxa de salário mais baixa levará a um menor valor de capital por trabalhador ou mais emprego para um dado estoque de valor de capital acumulado, como prevê a análise da função de produção neoclássica. Uma vez que Solow e seu apoiador neste debate, Paul Samuelson, lecionavam no M.I.T. em Cambridge, Massachusetts, e Joan Robinson e muitos de seus apoiadores lecionavam ou eram estudantes na Universidade de Cambridge na Inglaterra, este debate é conhecido como a controvérsia do capital de Cambridge. Embora os neoclássicos tenham concedido a possibilidade teórica dos efeitos das mudanças salariais nos valores de capital apontados por seus críticos, eles argumentaram que essas possibilidades eram relativamente improváveis ​​nas economias reais e continuaram a assumir que uma função de produção agregada daria uma boa aproximação ao comportamento das economias reais.

As controvérsias das teorias contemporâneas de crescimento e capital criam um dilema para nós ao escrever este livro. Qual abordagem básica devemos usar ao estabelecer e desenvolver teorias de crescimento? Escolhemos resolver esse dilema apresentando a estrutura básica da teoria de produção e capital nos Capítulos 2 e 3 em termos da programação de crescimento-distribuição, um ponto de partida flexível que é consistente tanto com modelos neoclássicos quanto não neoclássicos, e que nos permite explicar o que está em questão na controvérsia do capital. Ao longo da maior parte deste livro, usamos modelos de produção com apenas um único bem produzido que pode servir tanto como um bem de consumo quanto ser acumulado como capital. Sob essa suposição particular, não pode haver divergência entre as conclusões dos modelos neoclássicos e não neoclássicos na área da teoria do capital, e focamos a atenção em diferentes teorias de oferta de trabalho, poupança, disponibilidade de recursos, geração de demanda e mudança técnica.

Nosso objetivo ao apresentar a teoria do crescimento através da perspectiva da programação de crescimento-distribuição é destacar as percepções que tanto as teorias clássicas quanto neoclássicas de crescimento econômico alcançaram e introduzir o leitor à fascinante variedade de questões econômicas e conceitos que a teoria do crescimento levanta.

1.5 Usando Este Livro

Para instrutores que estão planejando um curso baseado neste livro (ou leitores planejando navegá-lo), temos algumas sugestões que podem ajudar. As ferramentas e conceitos centrais usados ao longo do livro são apresentados nos Capítulos 2–5, que fornecem um ponto de partida lógico. O Capítulo 5 explica a escolha de consumo e poupança intertemporal de um agente usando o método Lagrangiano. Alguns podem achar o nível de matemática aqui desafiador e optar por tratar este capítulo como leitura opcional sem perder a capacidade de acompanhar o resto do livro. Como usamos uma função de utilidade logarítmica, a solução para o problema de consumo sempre tem uma forma simples e intuitiva: os agentes consomem uma fração constante de sua riqueza. Continuamos com a utilidade logarítmica e essa função de consumo transparente ao longo do livro para que os leitores possam seguir o argumento sem dominar o método Lagrangiano.

Os Capítulos 6, 10 e 12 apresentam versões básicas dos modelos de crescimento Clássico, neoclássico e Keynesiano, com ênfase nas escolhas de modelagem alternativas discutidas acima. Os leitores deverão ser capazes de discernir como visões diferentes do processo de crescimento levam a ênfases contrastantes nas relações causais-chave nessas três escolas de pensamento, além de formar sua própria opinião preliminar sobre os méritos relativos dos modelos concorrentes.

Os capítulos restantes podem ser agrupados em quatro categorias principais. Primeiro, nos Capítulos 7, 8, 9 e 11 exploramos o papel que a mudança técnica desempenha nos modelos de crescimento Clássico e neoclássico. Segundo, nos Capítulos 13, 14 e 15 exploramos a distinção entre capital e riqueza (que também inclui ativos como terras, recursos naturais ou instrumentos financeiros). Terceiro, nos Capítulos 16 e 17, introduzimos a poupança ao longo do ciclo de vida do trabalhador e exploramos a distribuição de riqueza entre trabalhadores ativos, aposentados e famílias capitalistas. Quarto, abordamos o problema do aquecimento global no Capítulo 18, usando algumas das percepções sobre o papel econômico dos recursos escassos desenvolvidos nos Capítulos 13 e 14. O Capítulo 18 explica o problema de coordenação social que subjaz ao fenômeno das mudanças climáticas globais, e o uso do método Lagrangiano neste capítulo apenas adiciona a uma apreciação mais profunda de sua lógica econômica.

Na maior parte, evitamos discussões explícitas sobre as implicações políticas das teorias de crescimento, escolhendo deixar isso para os leitores. Há vários pontos onde as questões de economia política surgem perto da superfície. Nos Capítulos 7 e 9 sobre mudança técnica induzida e endógena, uma questão natural é se políticas econômicas podem ser elaboradas que incentivem o progresso tecnológico favorecendo gastos em P&D, criando uma forte demanda agregada que permite retornos à escala smithianos, ou aumentando salários para incentivar mudanças de economia de trabalho nas técnicas de produção. O Capítulo 12 levanta a possibilidade de que, sob as circunstâncias certas, uma maior igualdade de renda pode estimular um crescimento mais rápido porque os trabalhadores tendem a consumir uma fração maior de suas rendas do que os capitalistas. O Capítulo 16 fornece as ferramentas básicas para entender a economia da dívida nacional e programas fiscais como a previdência social que são fontes perenes de controvérsia. Finalmente, o Capítulo 18 delineia o argumento central para um imposto sobre carbono ou política similar projetada para direcionar o processo de acumulação em direção à tecnologia verde e longe de uma catástrofe ecológica global.

1.6 Leituras Sugeridas

Para explorar a história da teoria econômica, um bom ponto de partida é a pesquisa fornecida por Foley (2006). Veja também o tratamento magistral da história do pensamento por Dobb (1973) e o influente artigo de Kaldor (1956), que é dedicado especificamente às teorias de crescimento e distribuição. Gram e Walsh (1980), uma exposição didática da abordagem Clássica versus a neoclássica, combina uma clara exposição formal com passagens textuais bem escolhidas de obras seminais.

O desenvolvimento inicial da teoria do crescimento é examinado no nível profissional por Hahn e Matthews (1964); para um tratamento didático acessível, experimente Jones (1976). Muitas das contribuições seminais para a teoria inicial do crescimento estão contidas em Stiglitz e Uzawa (1969). As contribuições recentes chamadas de Nova Teoria do Crescimento Endógeno estão alinhadas de certa forma com a abordagem neoclássica, como sua devoção à suposição de pleno emprego, mas diferem em sua visão da mudança técnica. A Nova Teoria do Crescimento e a teoria neoclássica são descritas em livros didáticos avançados como Acemoglu (2009), Aghion e Howitt (1998), Barro e Sala-i-Martin (2011) e Romer (2012), bem como nos textos de graduação por Jones e Vollrath (2013) e Aghion e Howitt (2009).

Três obras que influenciaram profundamente o texto atual através de sua abordagem comparativa perspicaz às teorias Keynesiana, Clássica e neoclássica de crescimento e distribuição são Harris (1978), Marglin (1984) e Taylor (2004).

2 Medindo Crescimento e Distribuição

Crescimento econômico é um aumento na produção de bens e serviços de um país. A produção é igual ao número de trabalhadores empregados na produção, o trabalho, multiplicado pela produção realizada por cada trabalhador, a produtividade do trabalho. A produtividade do trabalho depende da tecnologia, que também determina as quantidades de outros insumos para a produção — matérias-primas previamente produzidas, ferramentas, equipamentos e edifícios, bens de capital e recursos naturais, terras — requeridos por cada trabalhador. O número de trabalhadores empregados na produção, dada a tecnologia, é assim limitado pelo estoque acumulado de capital e pela terra disponível.

A taxa de crescimento econômico de um país depende, em última instância, do crescimento de sua população produtiva, de sua acumulação de estoques de bens de capital e da mudança tecnológica. Nosso objetivo neste livro é examinar cada uma dessas fontes de crescimento econômico em detalhe e explicar como sua interação resulta nos padrões que observamos nos dados empíricos.

Antes de discutirmos explicações para o crescimento econômico, precisamos ser capazes de medir e contabilizar os produtos e insumos de uma economia. Neste capítulo, apresentamos um sistema contábil que será a base para uma série de modelos que tentam explicar e analisar os vários aspectos do processo de crescimento econômico.

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